Introdução
O Silêncio que Fica
Ainda te amo.
Mas já não te desejo.
Não é ausência, é mudança. O amor ficou — quieto, calmo, sentado ao meu lado como quem já viu o mundo todo e agora só quer repousar. Tu ainda moras em mim, mas já não acendes luzes no meu corpo. És abrigo, és lembrança boa, és a respiração tranquila depois da tempestade.
Há um silêncio entre nós que não é vazio — é cheio de tudo o que já fomos. Está nas noites em que deitamos lado a lado e não há pressa de tocar. Está no olhar que conhece, que reconhece, mas não provoca. Está no gesto que cuida, mas não queima.
E não, não é falta de amor.
É amor em outro tempo.
O desejo foi-se embora devagar, como se tivesse pedido licença. Não houve rompimento, só um apagar de luzes que já não precisavam brilhar. E agora, entre nós, há esse espaço silencioso — não de dor, mas de aceitação.
Talvez seja isso que ninguém diz:
que às vezes o amor continua — mesmo quando o corpo deixa de chamar.
Desporto e Hobbies
hoje diriam hiperativa
Quero ter filhos
Não quero ter filhos
Bebidas alcoólicas
Não bebo bebidas alcoólicas