Introdução
A mesa do lado
Dizem que se conheceram por acaso, mas a verdade é que ele tinha escrito um aviso. Uma espécie de feitiço em forma de perfil. Uma declaração de guerra à mediocridade das conversas mornas e aos filtros em modo sesta.
Ela apareceu do nada. Sem avatar, sem flor em contraluz, sem pôr do sol em Bali. Tinha olhos com presença e uma gargalhada que parecia sublinhar frases. Sentou-se à mesa ao lado dele numa esplanada que não constava em nenhum daqueles guias manhosos.
— Vi o teu aviso. Sabes que és insuportavelmente honesto? — disse ela, sem pedir licença para entrar no enredo.
Ele sorriu. Era isso que desejava. Alguém que entrasse sem pedir licença.
Conversaram como se o tempo tivesse suspendido a lógica das apps e do “já te respondo”.
Ele falou do gosto de cozinhar sem receita e de escrever como quem se despe. Ela contou que um dia chorou por um pôr do sol em silêncio, mas desde então só os partilha ao vivo.
Ela trazia vinho. Ele, histórias com palavras que se demoram. Nenhum tinha pressa. E sabiam que aquele “vamos ver” não era só uma forma elegante de adiar. Era o início de qualquer coisa que os algoritmos nunca adivinham.
No fim, ele apagou o perfil. Mas não antes de escrever, em letras pequenas, bem no fundo da bio:
“Conheci-a ao vivo. Era melhor que qualquer filtro. Tinha rosto. E presença.”
Desporto e Hobbies
Os que se encontram a meio da estrada
Ele não tinha rumo. Só um mapa numa caixa de fósforos, nomes riscados e um casaco que cheirava a mar e livros usados.
Ela apareceu rosado do sol, silêncio bom e perguntas no olhar.
Viajaram juntos como quem dança sem saber os passos. Partilharam figos, chuva, trilhos e noites em que o tempo se esquecia de andar.
Tiveram dúvidas, pausas e um quase-adeus.
Mas ficaram — porque nenhum dos dois queria voltar inteiro ao que era antes.
Reencontraram-se numa livraria, como quem tropeça outra vez no mesmo erro bonito.
E então… desapareceram.
Mesmo.
Ninguém os viu mais.
Nem redes sociais, nem cidades, nem sinais.
Diz-se que largaram os nomes, deixaram um bilhete num hostel em forma de pergunta:
“E se o amor for isto? Uma viagem com partida e sem regresso?”
Hoje, há quem diga que se avistam em mapas antigos, em fotos sem rosto, em lugares com cheiro a figos e música baixa.
Outros juram que viraram lenda urbana.
Um casal que se desfez do mundo para se encontrar inteiro — a meio de estrada nenhuma.
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Tenho filhos e não vivem comigo
Quero ter filhos
Não quero ter mais filhos
Habilitações
Ensino universitário
Bebidas alcoólicas
Bebo socialmente
Personalidade: Água
Quer saber que tipo de filmes é que ele gosta? E onde é que gostaria de passar férias?
Leia as respostas dele ao
teste de personalidade.